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SOBRE

            Terceira e última parte da TRILOGIA DO AMOR de Walcyr Carrasco (Seios e Desamor), a inédita JONAS E A BALEIA traz à cena um casal de amantes: o amargurado estudante pré-vestibulando Jonas (Lucas Lentini), um menino maltratado pela vida por causa da sua homossexualidade e o pai de sua ex-namorada Carol (Jade Diniz), Amadeu (Dionisio Neto), um executivo da área das finanças bem sucedido que rejeita sua própria orientação bissexual.

            Em tom realista, a direção calcada na construção das personagens,  a peça faz referências à iconografia LGBTQI+ em um diálogo contemporâneo através de releituras de Tom of Finland, Bruce Weber, Pierres et Gilles, em busca de uma gestualidade que dialoga com as fontes. O mesmo para a trilha sonora, que traz hinos como “I am what I am”, de Gloria Gaynor, “Being Boring”, dos Pet Shop Boys, “Menino Bonito”, de Rita Lee, “Flutua”, de Johnny Hooker e Linilker, entre outros, intensificando a atmosfera do imaginário do espetáculo.

            A iluminação é inspirada em quadros de Caravaggio, realçando luz e sombra nos corpos dos atores.

            A cenografia minimalista utiliza-se apenas de um tapete, uma cadeira e um lençol, nas cores vermelho, preto e branco.

            Os atores fizeram aulas de luta greco-romana para as coreografias de luta e transa.

           A direção de Lucia Segall (mestra do Lee Strasberg Institute de Nova Iorque e do CPT de Antunes Filho, que também dirigiu o sucesso Desamor do mesmo autor há oito anos em cartaz) é realista, centrada na direção de atores e construção das personagens.

            O espetáculo aborda diversos temas contemporâneos como: aceitação da sexualidade, homoafetividade, homoerotismo, bissexualidade, vingança, homofobia, machismo, em uma mistura com a fábula bíblica de Jonas e a baleia.

            Em cenas carregadas de delicadeza, erotismo e emoção, o autor coloca em cena um tabu social com extrema originalidade e questiona até que ponto ser quem se é torna-se um karma ou um dharma. Jonas, que foi oprimido durante toda sua vida por simplesmente ser quem ele é, obrigado por seu pai a ser quem ele não é, e vive no ventre da baleia. Durante o espetáculo, ele tenta se libertar.

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